É claro que o salário é importante para todos. Pode não ser o principal motivador na tomada de decisão sobre aceitar ou não uma nova posição, todavia o salário precisa ser compatível para que o profissional acate a proposta e mantenha engajado.
Mas como definir a pretensão salarial em um processo seletivo?
Aqui no Brasil as empresas já possuem pré-determinado a remuneração de cada cargo, mas a maioria delas não divulga abertamente. Por outro lado, durante a negociação da contratação do profissional, a maioria das empresas costumam fazer ajustes na faixa salarial dependendo do perfil do candidato.
Geralmente, quanto mais experiência, a empresa alocará aquela pessoa mais próxima do topo da faixa. A fluência em idiomas e também especializações podem fazer com que uma empresa avalie pagar mais.
Outro ponto que sempre é levado em consideração é se existe espaço para dar aumento para a pessoa que for contratada ao longo da jornada naquela posição. Tudo isso é levado em consideração na hora de contratar alguém. Usualmente, as empresas optam por trazer nos 50-80% da faixa — não tão no início, nem no topo, apesar de sempre haver exceções.
E então como determinar um valor de pretensão salarial diante desse cenário?
O primeiro passo é computar qual é um valor compatível com o estilo de vida que permita pagar todos os custos fixos e ter um percentual para lazer e emergências. Não adianta dizer uma pretensão salarial que não irá conseguir cobrir as despesas e acabará desmotivando o profissional.
O próximo passo é saber quanto a sua posição vale no mercado. Olhar pesquisas salariais de empresas de portes semelhantes para as quais você está concorrendo são importantes na hora de definir um valor compatível com o mercado.
Mas lembre-se, caso você nunca tenha ocupado aquele cargo, você entrará no início da nova faixa e nunca no meio ou no máximo dela. Esse é um erro muito comum por parte dos candidatos. Muitas vezes, eles dizem pretensões salariais incompatíveis com a experiência que possuem e passam a ser comparados com pessoas mais experts para a vaga. Afinal, se a empresa for pagar muito além, é bem provável que opte por trazer alguém com mais experiência. E aí aquele perfil potencial perde em atratividade se pleitear um valor muito acima.
Leve em consideração o percentual de aumento em relação ao seu último salário. É incomum uma empresa dobrar uma remuneração. Geralmente os profissionais se movimentam com um percentual de até 30% acima.
Lembrando que, muitas vezes, as pessoas se movimentam por remunerações muito similares se verem uma perspectiva melhor na nova empresa. Se a remuneração não for de fato o fator mais importante, vale dizer uma pretensão salarial, mas deixando claro que está flexível a negociar se for preciso.
Faça a conta do ganho anual, e nunca só do mensal. As diferentes políticas de participações nos lucros e de bonificações podem confundir. Analisando dessa forma, fica mais fácil fazer a comparação salarial.
Leve em consideração os benefícios ofertados. Fazer uma tabela comparativa pode ajudar muito na comparação das vantagens e desvantagens da proposta. Aqui vale ver no detalhe o valor de cada benefício, a cobertura do plano de saúde e quais benefícios têm descontos mensais na folha de pagamento.
Seja flexível na negociação salarial se a vaga parecer promissora no médio e longo prazo. A visão não deve ser imediatista, e sim pensando se a oportunidade faz sentido para o seu plano de carreira.
Esperamos ter ajudado você!
Fonte: https://vocerh.abril.com.br
VoltarO futuro do ambiente de trabalho preza mais pela qualidade de vida dos funcionários
Saiba mais